O Senhor dos Anéis e os companheiros de estrada
- Zé Caetano
- 11 de mar.
- 3 min de leitura
Não é segredo que sou um aficcionado pela obra literária de J. R. R. Tolkien e, talvez, sua obra mais famosa seja a saga O Senhor dos Anéis, que narra a epopeia do pequeno Hobbit, Frodo Baggins, para levar o anel de poder até sua forja para ser destruído.
O Senhor dos Anéis é uma obra que coroa todas fábulas criadas pelo professor britânico, reunindo em uma só história a quase totalidade de suas criaturas e idiomas criados. Hobbits, Elfos, Homens e Anões... Magos, Goblins, Orques e Baurogs, espíritos, trolls, seres alados e o próprio Sauron.
Porém, os principais personagens dessa aventura deliciosa de se ler são quatro pequenos Hobbits, um anão, um mago, um elfo e dois homens, que dão início à saga e, ao longo do caminho, vão separando seus caminhos até que, no fim, cada um, seguindo sua própria estrada, colabora para a derrota do maior ser maligno da Terra Média.
Com quem andamos em nossas estradas

Há um momento muito significativo na obra, quando parte do grupo chega até Valfenda, morada de Lord Elrond, e se encontra com os demais membros daquela que será conhecida como a Sociedade do Anel. Os 9 indivíduos partem daí com uma só meta: destruir o anel da Montanha da Perdição, um vulcãozinho bem bacana, que fica no quintal do senhor do mal, Sauron.
É aí que vemos a importância das pessoas que percorrem as estradas ao nosso lado. Juntos eles conseguem enfrentar inúmeros males e decidir qual a melhor rota a seguir, especialmente quando as condições da estrada não são tão amigáveis.
Não vou fazer nenhum spoiler para quem nunca leu os livros ou assistiu ao resumo de mais de 12h filmados por Peter Jackson (sim, ele resumiu muito os livros, mesmo nas versões extendidas dos filmes), mas é importante perceber como cada membro da Sociedade do Anel se porta e como isso reflete na meta da comitiva.
O Senhor dos Anéis: Muito mais que só um conto
O Senhor dos Anéis é uma obra tão rica de significados que, sem dúvida, irá figurar entre os maiores clássicos já produzidos pela humanidade. Através de fábulas muito bem criadas, Tolkien nos leva a uma viagem pelas qualidades que mais enobrecem os homens.
A amizade, a bondade, a fidelidade, a coragem e outras virtudes são mostradas mesmo em criaturas aparentemente frágeis e pequenas. Ao mostrar que o pequeno Hobbit, Frodo Baggins, uma criatura simplória, tenha sido capaz de cumprir sua missão até o fim, derrotando um dos seres mais poderosos daquela terra, nos leva a perceber que todos nós temos dons que nos permitem sermos os heróis de nossa própria história.

Tolkien era católico, bem formado, e transmite os maiores valores de sua fé em sua obra. A saga de Frodo é a saga de cada um que precisa derrotar o mal e fortalecer suas melhores virtudes ao longo de uma jornada nem sempre fácil.
Minha moto e uma singela homenagem a Tolkien
Eu sou tão fã da obra de Tolkien que, ao comprar uma moto inlgesa, uma Triumph Bonneville T120, ela não poderia ser batizada senão com o nome de um personagem do Professor.
Por isso ela ganhou o nome de Rosie (ou Rosinha), que aparece quase desapercebidamente na obra. Rosinha é a paixão de Samwise Gamgi. Uma Hobbit que mora no condado e perfaz os sonhos de um dos meus personagens preferidos.
Quando todo o mal está derrotado, Sam se casa com Rosinha, torna-se o prefeito do Condado e vive sua vida tranquila até um tempo que não sabemos, pois as aventuras praticamente terminam por aí.
Rosinha não é uma aventureira, não segue os heróis em suas jornadas, mas é a lembrança que faz Sam cumprir sua meta e voltar para casa. É por ela que ele se arrisca. Ela é, por assim dizer, a musa que move o coração do herói e, portanto, nada mais justo, que ela seja homenageada numa das máquinas inglesas mais clássicas.
Conclusão
Se você ainda não leu O Senhor dos Anéis, está na hora de ler. Tenho certeza que você irá encontrar reflexões profundas que podem tranquilamente ser aplicadas a sua própria vida.
Essa é a sexta vez que estou lendo essa saga e cada vez eu percebo um novo detalhe. É essa obra que está no bag da minha Rosie esse mês, para ser lido naquelas paradas em paisagens bucólicas que encontro em meus rolês.
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